quinta-feira, outubro 22

anacos

avanzo polo mundo espida,
sen remordementos que escondan os peitos,
coas medias no rastro amosando o sentimento.

exivo a miña pel orgullosa,
chea de marcas, chea de terra.
o sangue escorre polas meixelas surcando os cráteres do tempo nelas.

mostro meus membros mutilados por banquetes alleos.
sigo sendo a concubina da morte,
a amante dos desesperados,
o berro das suicidas.

eva méndez doroxo

1 comentário:

Anabela Couto Brasinha disse...

Olá Eva,
tenho gostado dos teus belos poemas.

  Poema,
  oferenda a cadência,
  num andar,
  e leva um pormenor!

A seguir, dou outro escrito.

 Que dentro de mim varrendo
  tão levezinho
 deve ser o movimento
  rimos sem risos

 nem ocorria pensar
  do outro lado o mesmo
  emediato crer, querer
 a meu lado, e sei
  sabe, a quem perguntar perguntamos
  que diferença entre nada e tudo

 não esqueço nada
 é que no tempo, troca
  maldição que é benção
 por causa de um pormenor

 nós que não amarram
  melhor, eu e ele, nós!

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